PF cruza os braços dias 25 e 26 para evitar ´apagão´

Dentre as atribuições prejudicadas está o combate às drogas
Arquivo/JBO

Escrivães, Papiloscopistas e Agentes Policiais Federais paralisarão as atividades dias 25 e 26 de fevereiro em todo o Brasil, inclusive os lotados em Ilhéus. Eles denunciam estarem sofrendo um "apagão" salarial de sete anos, sem nenhum ajuste no período e garantem terem, neste período, sofrido uma perda inflacionária acima dos 40 por cento. Além disso, os policiais falam em falta de planejamento na PF. "Menos de um terço dos investimentos empenhados enyre 2002 e 2012 foram efetivamente gastos. Cerca de 77 por cento dos recursos foram devolvidos por falta de planejamento dos seus gestores", asseguram em carta aberta à população.

A consequência disso, segundo os agentes, é que nos últimos cinco anos houve uma queda de 86 por cento nos indiciamentos nos crimes de colarinho branco e desvios de verbas públicas "que evidenciam o verdadeiro desmonte de um dos setores mais eficientes da corporação". A PF, segundo os agentes, viu, inclusive, o seu índice de confiança cair assustadoramente, nos últimos dois anos, segundo eles, em consequência da perda do prestígio junto a população. Citam também a diminuição do quadro de efetivo, como fator que prejudica o órgão e aumenta o descrédito junto a sociedade.